domingo, 20 de fevereiro de 2011

Viva a Noite: Gugu e o seu sucesso de Sábado!



por Guilherme Guidorizzi

O “Viva a Noite” foi uma das atrações de maior sucesso do SBT e da televisão brasileira. Muitos não sabem, mas o programa estreou em novembro de 82 com um trio de apresentadores: o místico Jair de Ogum, Ademar Dutra (que depois foi responsável pelas provas externas do “Nações Unidas” e “Cidade Contra Cidade”) e o então desconhecido Augusto Liberato, que havia saído da “Sessão Premiada” (sim, ela já existia naquela época). Durou pouco o formato, e Gugu passou a comandar sozinho as noites de sábado.

Dizer que o “Viva a Noite” foi um fenômeno de audiência, que marcou uma geração, tanto de cantores, apresentadores, personalidades e principalmente, do público, é desnecessário. No pouco mais de nove anos em que ficou no ar – saiu no início de 92 – o “Viva a Noite” criou um formato de programa de auditório, que até hoje, serve de inspiração para outros do gênero.

Os tempos eram outros: final da ditadura militar, hábitos e costumes muito distintos dos atuais. O vídeo-cassete ainda dava seus primeiros passos no Brasil, Internet e TV a cabo nem existiam. Os shoppings, pelo menos aqui no Rio, encerravam seus trabalhos às 22h (hora em que o “Viva a Noite” costumava entrar no ar). A concorrência, mínima, e a tecnologia, pouco avançada. E por isso mesmo a atração fez sucesso. Foi buscar em coisas simples, a fórmula do sucesso.

A disputa entre homens e mulheres se iniciou em 88. Provas que até hoje são copiadas, surgiram lá. A declaração de amor com objetos provocava risadas. Assim como a prova da bexiga, onde os participantes estouravam balões de gás no colo do adversário do sexo oposto. Parentes de artistas se misturavam a dois atores para confundir o público. Fôlego era necessário para apagar uma quantidade imensa de velas e conhecer bem um artista famoso gerava pontos na ‘Face Oculta’. O prêmio era um troféu denominado ‘Lua de Neón’.

Concursos de dança, hoje tão badalados, já estavam no cardápio do programa. E é claro, não posso esquecer do “Sonho Maluco”, que virou mania nacional, misturando ousadia, humor e adrenalina. Como não lembrar do fã que quis passar talco na Marriete (ícone da beleza dos anos 80) ou de Simony, então apresentadora infantil, tendo seu corpo coberto por chantilly? Ou então de Sula Miranda levando banho de champagne em uma banheira e Gugu desafiando a morte num túnel de fogo.

Assim como o “Baile dos Passarinhos”, onde convidados, platéia e público de casa dançavam quase à meia-noite. Mesmo o programa não sendo voltado unicamente para crianças, elas representavam uma grande parcela da audiência. Por isso foram criados personagens que passaram a interagir com o animador: Bugalu, uma mão enorme, um olho gigante, um cachorro-quente de óculos escuros, e um ET de três cabeças, entre outros.

Além de provas no palco, com anônimos geravam boas risadas. Descer um escorregador com ovos na mão, ou subir num pau de sebo. Tinha gente que dançava sem parar numa cabine. E também tinha o convidado misterioso que ficava no palco o programa inteiro. Sem esquecer a dupla Tatá e Escova, com suas paródias, e a saudosa Nhá Barbina, figura presente quase toda semana.

Foi no “Viva a Noite”, onde Zé do Caixão cortou suas imensas unhas, aos prantos. Cazuza lançou seu hit “Exagerado”. Cantores das mais diferentes escolas musicais pisavam no palco. O Menudo, fenômeno musical dos 80, fez na atração, sua estréia, na TV brasileira. Lá também, surgiram o Dominó e o Polegar. Tudo isso junto, fez do “Viva a Noite” um absoluto sucesso.

O programa teve um nova versão apresentada pela cantora Gilmelândia durante 2007/2008e contava com Supla e Bruno Chateaubriand nas reportagens, porém o sucesso não foi o mesmo o que causou a sua extinção.

A Dança do Passarinho

Docinho,Docinho

Bota Talquinho

A Dança da Galinha Azul

Prova da Torre de Taças

Desenhe, Acerte e Ganhe

Prova da Bexiga

Prova da Mimica

Sonho Maluco


Sonho de Última Hora

Nenhum comentário:

Postar um comentário