segunda-feira, 20 de junho de 2011

Datena na tela da Record



Prestes a reestrear o ‘Cidade Alerta’, ele diz que aprendeu a ‘gritar mais baixo’

Thiago Calil
Agência: BOM DIA

A volta do jornalista José Luiz Datena para a TV Record, depois de oito anos na Band, também representa o retorno do “Cidade Alerta”. Foi nesse programa, extinto em 2003, que Datena se destacou como apresentador de atrações jornalísticas de forte apelo popular. A nova edição estreia nesta segunda, às 17h, sem novidades no formato. O jornalista fala que está feliz com a recepção que teve na TV Record e diz que sentirá falta dos amigos da antiga casa, como o presidente Johnny Saad e o diretor de jornalismo Fernando Mitre. “Eu torço muito pela Band”, garante. Confira a entrevista.

BOM DIA - A estreia do programa foi antecipada para amanhã. O que aconteceu?
DATENA - Foi questão de estratégia da Record. Claro que eu preferiria ficar 20 dias de férias, mas eu gosto de trabalhar. Não sei ficar sem fazer nada. Também não acho legal um programa [no caso, o “Brasil Urgente”, da Band] ficar sozinho no ar, sem concorrência. Tínhamos que marcar território.

Você tinha problemas com os diretores da Band?
Tenho grandes amigos lá. O Johnny Saad é um cara maravilhoso. Eu devo muito a ele. Mas claro que ele, como dono, não pode demitir alguém só porque eu não gostava. Nunca pedi a cabeça de ninguém, nem pediria. Mas parece que tinha gente lá que torcia para a coisa dar errada.

Como é voltar ao ar com o “Cidade Alerta”?
A Record está com uma estrutura invejável. Isso deve ajudar muito o programa. O comandante Hamilton é brilhante, mas depende de equipamentos. As pessoas dizem que eu sou bravo, mas eu só brigo com superiores. Com o pessoal do estúdio, da técnica, me dou muito bem.

Você se destacou no “Cidade Alerta” como o apresentador bravo. Está mais indignado hoje?
Indignado sempre. Com as coisas que acontecem nesse país, tenho que ficar indignado. Mas eu grito menos hoje. Algumas pessoas reclamavam. Aprendi que falar duro e com jeito causa o mesmo efeito. Eu grito mais baixo.

Você ainda trabalha monitorando a audiência?
Muito menos. No começo do “Cidade Alerta”, trabalhava com o ibope na minha frente e com televisões ligadas em todas as concorrentes. Hoje, não vejo mais nada. O engraçado é que eu estou mais tranquilo. Não sei se é a segurança da idade.

Você estava fazendo esportes na Band também. Vai trabalhar com isso na Record?
Eles querem que eu vá aos jogos Pan-Americanos. Não gostaria de voltar a narrar, só se fosse vôlei, por exemplo. Futebol é muito difícil. Eu gostaria que o Neto (ex-jogador de futebol, atualmente comentarista da Band) e Ulisses Costa viessem para a Record também, mas é difícil isso acontecer.

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